A campanha Setembro Amarelo, surgida em 2014, é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria em homenagem ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: 10 de setembro. O objetivo da campanha é trazer informações atualizadas sobre suicídio para conscientizar a sociedade e colaborar com a prevenção.
O mote este ano é: Se precisar, peça ajuda!
O tema da campanha reflete a realidade brasileira: em 2022 foram mais de 16 mil registros, uma média de 44 por dia. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origem, gênero, orientação sexual, cultura, classe social e idade. É também multifatorial, podendo ter várias causas: biológica; histórico familiar, falta de recursos psíquicos, falta de estrutura interna para lidar com sofrimento e frustração, falta de rede de apoio, fatores sociais e ambientais (violências, conflitos, desastres, abusos) e até influência das redes sociais.
Em 2019, foram notificados 12 mil casos entre a população de 14 a 65 anos. Dez mil envolveram pessoas em atividade de trabalho. Especialistas da área da saúde reforçam a importância da adoção de medidas proativas para promoção de um ambiente de trabalho saudável e de apoio.
Ao longo do mês, teremos a realização de três encontros com foco em saúde mental. Confira a programação:
- 14/9 – às 15h
Sinal verde para você: descubra seu papel na prevenção ao desgaste profissional e estratégias para driblar a Síndrome do Burnout
Bate-papo com o psicólogo Silas Moreira, da Moodar - 21/9 – às 15h
Reconhecer as emoções
Roda de conversa presencial com a psicóloga Sofia Martins, líder do time de psicologia Vitta - 28/9 – às 15h
Bate-papo com o RH: encerrando as ações sobre o Setembro Amarelo
Conversa online e presencial com as BPs de cada área
A informação é essencial para a prevenção e o acolhimento. Falar sobre o tema ameniza o tabu que o tema suicídio gera na sociedade. Quem passa por momentos difíceis e de crise e busca ajuda, precisa identificar pessoas e lugares acolhedores. Mas o acolhimento só é possível se o assunto for tratado com naturalidade e seriedade, sem estigma ou preconceito.
Confira abaixo mitos sobre suicídio, segundo o psicólogo Yuri Busin:
- As pessoas que ameaçam se matar estão apenas querendo chamar a atenção
Toda e qualquer ameaça de suicídio deve ser levada a sério. A pessoa pode, sim, estar passando por um período difícil na vida e, a sua maneira, estar sinalizando um pedido de ajuda. Toda e qualquer ameaça de suicídio deve ser levada a sério. - O suicídio acontece sem aviso
Apesar de muitos pensarem ser um ato impulsivo, isso nem sempre é verdade. O suicídio é um pensamento constante em muitas pessoas, e o sofrimento é comunicado permanentemente a quem está à sua volta. - O suicídio só acontece com os outros
O ato pode ocorrer com qualquer pessoa que esteja em um alto grau de sofrimento psíquico. Aqui vale lembrar que o sofrimento ocorre independentemente de classe social, gênero ou orientação sexual. - Uma pessoa que tentou suicídio uma vez não voltará a tentar
Na verdade, as tentativas são um indicador de que o ato pode realmente ocorrer. Pessoas que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seis vezes mais chances de fazer isso de novo. Estima-se que 50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado antes.
O Insper, por intermédio do programa PulsAção, oferece o Hospital Digital Vitta, que conta com atendimento especializado em psiquiatria e psicologia.
Se for o caso, é possível acionar a Ouvidoria, como último recurso/canal de recebimento de denúncia de situações de assédio e preconceito: ouvidoria@insper.edu.br
Lembre-se: a vida sempre vai ser a melhor escolha!
Dicas de como plantar e cuidar do seu girassol
Clique aqui e conheça a campanha da Associação Brasileira de Psiquiatria.