Novo ciclo de Planejamento Estratégico Insper


O Insper está elaborando um novo ciclo de Planejamento Estratégico – um processo de extrema importância para todas as empresas que orienta as tomadas de decisões relevantes e que impactam diretamente no futuro do negócio.

A definição do Plano Estratégico no Insper é conduzida pelo Comex e envolve todos os gestores da escola. Para entender um pouco mais sobre o processo, conversamos o Diretor de Assuntos Acadêmicos Irineu Gianesi e com a Coordenadora Juliana Montenegro, uma das responsáveis pela condução do processo. Confira!

Conexão Insper: Qual a importância do processo de Planejamento Estratégico para a escola?

irineu-gianesi

 

Irineu: nesse momento, entendemos que é fundamental. Agora que as novas Missão e Visão do Insper foram aprovadas pelo Conselho, logo serão comunicadas. É bastante oportuno que repensemos, com a ativa participação de todos, para onde queremos ir nos próximos 5 a 10 anos e como monitoramos se estamos avançando no caminho certo. O Insper tem tido uma trajetória fantástica nesses seus quase 22 anos, ora acertando, ora errando, mas aprendendo bastante com os erros para gerar mais valor a partir deles. Mas o futuro poderá trazer grandes desafios com a velocidade das mudanças aumentando.

 

juliana montenegroJuliana: Você já parou e se perguntou alguma vez? Por que vale a pena lançar um programa assim? Por que essa área de conhecimento deveria entrar no nosso portfólio? Que tipo de pesquisa é importante gerarmos? O que queremos ao investir num sistema melhor para entregarmos aprendizado à distância?

Essas e outras perguntas precisam ser respondidas à luz de um Plano Estratégico, caso contrário corremos o risco de tomar decisões importantes olhando só o curto prazo, perdendo a visão de perenidade.

O Plano Estratégico dá um norte para todas as decisões tomadas por todas as áreas da escola que fazem acontecer as nossas entregas. Em especial, as áreas de Ensino e Pesquisa.

CI: Quais são os passos do processo de definição para o novo ciclo de Planejamento Estratégico?

Irineu: o processo foi iniciado no início de 2020, quando diversas áreas iniciaram suas reflexões sobre o futuro e chegamos a compartilhar estas visões em algumas reuniões. O processo foi interrompido devido à necessidade de darmos atenção às mudanças necessárias durante a pandemia e retomamos com a definição e início dos trabalhos das frentes estratégicas.

Em paralelo, fomos buscar o auxílio externo, de uma consultoria, que nos ajudasse a conduzir o processo, aportando principalmente método, ritmo, questionamento e condução das discussões, de forma que tenhamos o produto final do processo dentro do prazo que estabelecemos, que é dezembro, para que tenhamos a aprovação do nosso Conselho.

Além do trabalho das seis frentes principais e das frentes complementares, passaremos por quatro grandes etapas. A primeira, Fortalezas e Diretrizes, vai sistematizar os principais insumos para o planejamento, vindos da Missão e Visão, das frentes estratégicas e complementares. A segunda, Mercado e Tendências, vai se concentrar nos fatores externos que afetam nosso planejamento estratégico como stakeholders, mercado e concorrência. A terceira, de Definições Estratégicas, vai nos ajudar a definir metas e iniciativas estratégicas que representam onde queremos chegar e quais os caminhos. Finalmente, definiremos um Roadmap de Implantação, que será desdobrado para os próximos anos.

Juliana: no nosso caso específico na frente de Ensino, em fevereiro e março, as áreas de Graduação, PGLS, PGSS e EE), Pesquisa e Operações desenvolveram uma primeira versão do planejamento pensando 0nde queremos estar em 5 – 10 anos e por que queremos isso?

Em junho, retomamos o processo – que foi interrompido devido à crise do Covid-19 – olhando para frentes temáticas que são importantes para a escola. Neste momento, estamos reunidos para refletir sobre onde queremos estar em 5 – 10 anos e como essas aspirações integram as frentes de Ensino e Pesquisa da escola.

Terminadas as nossas reflexões, trabalharemos com consultoria externa para nos apoiar com pesquisa mercadológica e consolidação dos planos das áreas e das frentes estratégicas. Esse será um trabalho colaborativo e de cocriação para que, ao final do ano, tenhamos estruturado o nosso Planejamento Estratégico.

Essa é uma oportunidade grande para todos se envolverem na construção do que queremos para a escola no próximo ciclo, incluindo nosso propósito e ponto de vista na estratégia da escola.

CI: Quais são e qual a missão das frentes de trabalho criadas no processo?

Irineu: São seis as principais frentes de trabalho. Duas são relacionadas à geração de conhecimento; uma para a vertente acadêmica (liderada pelo Sergio Firpo), que produz visando principalmente as publicações em periódicos científicos, e outra para a vertente técnica (liderada pelo Paulo Furquim), que tem como produto a publicação em veículos que alcancem de forma mais direta os tomadores de decisão nas organizações e formuladores de políticas públicas. Essas frentes são fundamentais para o Insper e possivelmente sejam nossos grande diferencial, se conseguirmos aproveitar todas as sinergias possíveis entre elas e as outras atividades do Insper, sem obviamente interferir nos seus processos de criação.

Duas frentes estão diretamente ligadas ao ensino. Uma está pensando como deveria ser o processo de avaliação da aprendizagem nos cursos (liderada pela Débora Mallet), sejam de Graduação ou Pós-graduação, de forma a trabalharem a favor do aprendizado dos alunos, induzindo-os e ajudando-os a de fato aprender, para muito além da meta de serem aprovados nos cursos. A outra discute quais competências transversais, principalmente ligadas às linguagens, devemos desenvolver de forma transversais nos alunos de todos os nossos programas (liderada pela Isabela Furtado). Estas duas não encerram obviamente a discussão estratégica sobre o ensino, mas nos colocam num caminho de construir competências que podem transformar nosso ensino no futuro e por meio de nosso impacto, ajudar a transformar o ensino superior no Brasil.

Completam as frentes principais a que nos coloca a enfrentar o desafio de trazer mais diversidade para o nosso corpo docente, discente e administrativo (liderada pela Carol Velasco), além da frente de comunicação (liderada pelo Pedro Burgos), que vai nos ajudar a melhorar a forma com que nos mostramos aos nossos principais grupos de interesse, sejam alunos, famílias, empresas, parceiros internacionais, governo, entre outros. Há também o desafio da comunicação interna, pois a cada dia vemos como o Insper não conhece o Insper. Fazemos muita coisa que os próprios colaboradores e professores desconhecem.

Há também frentes complementares, como a de internacionalização, fundraising e projeto Blended. Todas elas serão insumos fundamentais para o planejamento estratégico.

Entenda melhor alguns termos citados na entrevista:

Missão: é o papel que desempenha a escola – o propósito do negócio, a razão de ser da instituição.

Visão: é o entendimento de onde e como se quer chegar. A visão orienta todas as tomadas de decisões da escola, já que é uma aspiração de futuro.

Valores: são princípios, padrões ou qualidades que são crenças centrais e convicções da organização; estabelece prioridades morais e éticas, que servem como guia para todas as atividades e são expressadas no comportamento diário da Comunidade Insper.


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